Lá esta o distinto homem pendurado no seu trapézio, de carne e osso, e com seu buque de olhos que a primavera reconstruiu, o que o ciclo havia cortado.
Olhos estes que estava seco, caído no chão, e que ao ver a menina, renasce em cores.
Ela atinge a alma, bem lá no fundo em um ponto onde não existe defesa, e todos os poros transpiram desejos.
E o homem talvez sendo o ultimo sincero romântico. Vê a razão dele estar ali no vôo, chorar... E o choro dela, não é por ter desperdiçado tantas músicas com outros corpos.
As lágrimas que tocam o chão do picadeiro, ele teme que seja por desperdiçar aquela musica, com ele, naquele momento, por não ter outro.
E por ela sentir que primavera não amanhece mais dias de certeza, será? Será que a sensação de eterno, retorna aos seus sonhos?
A certeza do trapezista, é que há dias em que se sabe com quem, e não importa o quando e nem "para onde".
Ele precisa ir rápido. Antes que o trapézio escorregue de suas mãos.
A momentos em que quer deixar de ser trapezista, e ele quer um picadeiro só para eles, mas um picadeiro sem artista, e publico vive?!
O trapezista sabe que nesse momento, é necessário expulsar o publico. Mas não sabe fazê-lo, talvez por não ser um homem, só um artista em seu trapézio, fazendo com que a pressão do seu corpo te leve de um lado para outro, e isso o assusta...