O piano não toca mais como antigamente, anda desafinado e não tem quem afine, mesmo os que não tocam, em um discurso eloqüente insistem dizer são luties. MAS NÃO SÃOOOO, e tudo gira em torno de suas teclas, teclas essas que mesmo desafinadas, tem um sonho. Cada uma delas tem um sonho de ouvir os aplausos da platéia, e fazem de tudo, para seu musico, como cachorrinhos, que rola, deita, pula, finge de morto, para no final, receber um biscoito. Porque elas não sabem tocar sozinhas? Por falta de experiência?! Deveriam ter vivido mais?! Estudado mais?! Para depois entrar no piano?!
O menino não se vê mais como uma tecla do piano, não se vê mais como lutie, muito menos como musico, ele só tem seu coração apertado e mente entupida, entupida de bolhas de sabão, que vão estourando no espaço vazio, não consegue se expressar, talvez por falta de vocabulário.
Ele levanta dos pedriscos e já todo dolorido, coloca o piano nas costas e empina, pira, pesa como pesa, as pernas tremem as mãos transpiram, o PIANO ESTA ESCORREGANDO DE SUAS MÃOS...
E ele não sabe como fazer para enxugar as mãos, talvez queira ver o piano no chão. Mas nesse momento sobe a ladeira, e como pesa este piano...
é aí...no meio das palavras que os leitores se perdem, e o poeta se encontra!
ResponderExcluirNos pensamentos existe muita riqueza...e é um bem para a humanidade vomita-los!!!