O
O menino encima do muro, corre... Com um miolo de pão na mão, e tenta agarrar o ursinho que cai na nuvem escura e sombria. O que vive choca, tem dentes, arestas, é espesso.
O ursinho dorme na neblina. Por não ter quem o acolhe, E o menino tenta achar a porta para arranca lo dali, porque ele sabe onde fica, mas está escuro aqui, e quando esta escuro aqui, ta claro lá no Japão, ele queria morar no Japão, devia ter nascido lá. Talvez nada disso tivesse acontecendo.
Sofrimento, noites em clara claro, e o Cá ala frio, medo, raiva, incerteza, um sentimento ruim por amar estes dois ursinhos. Nossa!!! ( menino olha para dentro, lá no fundo do seu "ipotamolo" ) e fala baixinho:
não era um?!
O ursinho debruça sobre seu colo, e faz o menino ficar sem palavra, palavras, não que entalam a garganta, mas são aquelas que antes de dizê-las nos faz chora, e faz tudo ter sentido, e saber por que não nasceu no Japão. (Pausa para levá-lo a cama)
O que vive é espesso como cão, um homem, como tudo o real é espesso...
Difícil e saber onde começa o homem naquele menino,
onde começa cama,
onde começa pele,
onde começa o homem.
O menino diz:
Trapezista, alguém está tentando ser Simão?
Ele suspira, sobe lentamente em seu trapézio, segura na barra, e se lança ao vento..
Nenhum comentário:
Postar um comentário